sábado, 28 de agosto de 2010

Caixa em Laca - China século XIX






Rara caixa Toilet em laca. China, século XIX.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

domingo, 22 de agosto de 2010

O estilo Luís XV



No final do período conhecido como “Regência”, houve o desenvolvimento do mais imaginativo estilo, conhecido como “rocaille” ou rococó, que difere essencialmente do barroco em sua leveza e ausência de simetria. O rocaille, belo e fantasioso motivo, foi extensivamente utilizado por artesãos franceses em torno de 1720 a 1755-1760.

A imaginação é a base deste estilo decorativo, em que as rochas e conchas, com flores e folhagens, fornecem o tema dominante. Contraste e assimetria são as suas características essenciais. Por volta de 1730 o movimento foi ampliado e acelerado pelo trabalho de ebanistas como Gilles Marie Oppenord e Aurèle Jules Meissonnier, que estavam entre os principais designers dessas formas mais extravagantes. Fervoroso em sua devoção ao rocaille, inclui-se também o artesão Gaudreaux, que foi um dos principais ebanistas a serviço da Coroa neste período.


A arte da vida confortável e privada, até então desconhecida, tornou-se de primordial importância no século XVIII. Os quartos foram reduzidos a um tamanho mais razoável, enquanto os móveis tornaram-se menores, perfeitamente adaptados às necessidades diárias e, acima de tudo, numa escala mais humana. Graças ao aperfeiçoamento de dispositivos mecânicos, peças multi-uso entraram em voga. Múltiplas funções de uso, como mesas que poderiam ser transformadas em complexos dispositivos como para a toillet e escrita, leitura e mesas de corte e costura, são as peças mais criativas.


No design de cadeiras, os braços, pernas e espaldares fundem-se num movimento fluído e gracioso. Os espaldares das cadeiras são decorados com flores, folhagens e conchas. A mais típica cadeira Louis XV é a Bergère, uma poltrona larga, baixa e profunda.

Canapés aparecem em formas variadas. A forma, muitas vezes chamada de marquesa, é apenas uma poltrona alargada. A maioria dos canapés são destinados para acomodar três pessoas. No alto do estilo foi o canapé cesta, chamado canapé “corbeille”, a sensação na “alta decoração”. Em termos de camas, as colunas desaparecem. As formas da moda foram as camas à duquesa e à polonesa.

Para o quarto havia mesas, como a vide-poche (bolso vazio), o serre bijoux (caixa de jóia) e “chevets” (mesas de cabeceira). Para os “boudoirs” e salões, havia pequenas mesas à Ouvrages ou mesas de trabalho, chamadas tricoteuses ou chiffonnières.


A partir de meados do século XVIII, os artesãos marcavam seus móveis - ou pelo menos deveriam fazê-lo - sob o tampo de mármore das cómodas, no verso da estrutura de cadeiras e mesas ou em algum lugar similar que não estragasse a aparência da peça.

Desde o início do uso do rocaille, houve uma tendência de protesto, em certos círculos, contra a assimetria e ao uso abundante de curvas sinuosas, pois diziam que não expressavam as mais finas linhas artísticas dos franceses, que estavam sempre dispostos a moderação e ao comedimento. Finalmente, devido às descobertas de Herculano e Pompéia, que resultou em um grande entusiasmo para o mundo antigo, uma evolução começou por volta de 1755-1760, iniciando a transição do estilo Luís XV para o neo-clássico, estilo Luís XVI, que já nascia mesmo antes da coroação do futuro Luís XVI. Até mesmo Madame de Pompadour, no final de sua vida brilhante, já aderia aos traços do neoclássico e futuro estilo Luís XVI.